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A cidade de Coimbra, que se mostra ao mundo como uma cidade progressiva, moderna e vanguardista, esconde no seu âmago uma realidade bastante injusta para aqueles que de uma forma ou de outra escapam daquilo que é a norma.

Falamos em opressão e discriminação da mulher, dos homossexuais e tantas outras minorias, uma realidade atual, longe de estar erradicada (mesmo quando muitos acreditam no contrário).

 

Os crimes de ódio, a violência doméstica e os crimes sexuais têm vindo a aumentar e as universidades deviam ocupar a linha da frente do combate às opressões, já que é delas que sai aquela que devia ser a mancha geracional mais instruída e tolerante.

É papel da Associação Académica denunciar o que está mal, mas também provar aos que sofrem que não estão sozinhos e que existe uma estrutura pronta para dar todo o tipo de apoio necessário.

 

Temos que alertar e trazer à luz os casos que todos os dias acontecem na UC – o assédio sexual, tanto entre colegas, como de professores sobre alunos, a ostracização de homossexuais, a discriminação por origem étnica, e a posição, não só conivente como potenciadora, da praxe.

 

É necessário levar a cabo um sério combate às discriminações que nos cercam e nos dividem em força e em voz. Enfrentar a opressão contra a mulher, o racismo, a xenofobia e a homofobia é fulcral na conquista de uma educação pública de qualidade.

  • A questão da mulher não é secundária e não está resolvida - vai desde a falta de apoio às mães estudantes à gravidade gritante dos casos de assédio e agressão sexuais, passando pela falta de espaço potenciador da participação politica das mulheres, aliado à pouca representatividade feminina nos órgãos de gestão.

  • A ausência de um espaço aberto, de apoio, de orientação e de aconselhamento à comunidade LGBT, dentro da universidade, capaz de ir de encontro desta comunidade é também contributo para tantos crimes de homofobia não denunciados.

  • Orgulhamo-nos da nossa internacionalização, mas saberemos realmente receber e incluir? A discriminação por origem étnica é um problema real dentro da universidade, que parece estar dissimulado nas malhas da boa aparência. Pouco é feito no que toca à integração das multiculturalidades, o que leva a uma alienação e a um acréscimo do preconceito.

  

Propostas:

 

- Criação de um pelouro dedicado exclusivamente à justiça social, que funcione como um espaço de apoio a todos e a todas que sofrem de opressão e/ou discriminação. Este pelouro estaria encarregue de criar protocolos com associações ligadas à causa (como APAV, Não Te Prives, Rede Ex AEQUO, etc.) e fazer a ponte entre a Secção de Direitos Humanos e o SOS Estudante para a criação de debates, campanhas de sensibilização e espaços de discussão, assim como prestar apoio jurídico às situações que necessitem dele;

 

- Fomentar medidas de suporte às mães-estudantes - realização de uma campanha pela isenção das mensalidades da creche e do jardim-de-infância, alargamento da época especial a estas estudantes e flexibilidade na entrega de trabalhos;

 

- Realização de uma campanha para a integração de mulheres nas serenatas da latada e da queima;

  

- Reivindicar a lei da paridade nas listas; 

 

- Aderir e apoiar todos as causas, eventos e projetos de combate às opressões (Marcha LGBT, dias de consciencialização etc.) e criar uma semana da luta contra a violência doméstica;

 

Discriminação na UC

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